Esta pesquisa é desenvolvida sob a orientação da Profa. Dra. Lucia Gouvêa Pimentel, professora titular da Escola de Belas Artes da UFMG.
Resumo::
O desenho foi passível de ser reproduzido com o advento da xilogravura, antes mesmo que ela prestasse sua contribuição para a escrita. Uma mesma matriz dá origem a várias estampas, conformando uma tiragem: a obra passa a compreender novas possibilidades de acesso e disseminação. Tomando como base a exploração da reprodutibilidade da imagem, a atual pesquisa coloca-a em um novo contexto. Abre-se mão da reprodução horizontal baseada no conceito de tiragem e a vê como dispositivo de confecção de imagens em uma construção espacial articulada. Neste sentido, a multiplicação da imagem é encarada como um elemento expressivo da elaboração de uma única composição. Em vez de optar pela concentração visual proposta pelo emolduramento da estampa xilográfica, a gravura passa a atuar em um extenso campo visual, onde a matriz é pensada como detonadora de uma proliferação imagética. Uma vez liberta de sua condição bidimensional, a impressão é pensada à luz da instalação e da arquitetura, configurando uma busca por elaborar processos cognitivos na experimentação da reprodutibilidade da xilogravura. Novas técnicas e procedimentos, como o carimbo e o stencil, são incorporados com o objetivo de concluir a execução de uma idéia em meios e espaços não-convencionais. A arquitetura e a via pública passam a ser alvos da intervenção plástica, abrindo um novo campo de significações para o trabalho. Ambientes inusitados e campos de tensões são criados, sugerindo espaços a serem percorridos e penetrados, onde as relações plásticas trazidas pelo trabalho, ao dividirem o espaço real com o transeunte, são transformadas em vivências que não estavam na sua área das cogitações cotidianas, mas sim na área de cogitações do artista. Uma maneira de pensar as questões da reprodutibilidade da xilogravura, que subverte o seu difundido sentido de cópia e série, sem deixar de evidenciar a transparência da arte e a sua necessidade de circular e manifestar sua presença na sociedade.
Abstract::
The drawing was able to be reproduced with the advent of the woodcut. A single array* gives rise to several prints, forming a circulation: the work begins to produce new possibilities for access and dissemination. Based on the exploitation of reproducibility of the image, the current research puts it in a new context. It lefts the horizontally reproduction based on the concept of the draft* and see how the device construction of images in a articulated space construction. In this sense, the multiplication of the image is seen as a significant element of the development of a single composition. Instead of opting for limiting the visual by the surrounding of the print woodcuts, the engraving starts to act in a full visual field, where the array is designed as a booster of proliferation of image. Once freed from its two-dimensional condition, the impression is considered in the light of installation and the architecture, setting a search for an elaborate cognitive processes in testing the reproducibility of the woodcut. New techniques and procedures, such as stamps and stencils, are used with the goal of completing the implementation of an idea in media and non-conventional spaces. The architecture and public roads become the targets of plastic intervention, opening a new field of meanings for the job. Unusual environments and fields of tensions are created, suggesting areas to be traveled and discovered, where plastic relations brought the work, by dividing the actual space with the passer, are transformed into experiences that were not in their area of daily thougths, but in the thoughts area of the artist. One way to think about the issues of reproducibility of the woodcut, which undermines your sense of print and broadcast series, while highlighting the transparency of art and their need to circulate and express their presence in society.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
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